quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Fogo...



É quase meia noite, só agora consegui sair do trabalho. Está uma noite escura e fria mas apesar de tudo isto não me apetece ir para casa, mas também não vou ligar-te. Vou arriscar e bater à tua porta. O mais que pode acontecer é não estares ou estares acompanhado. Minutos depois estava à tua porta e bati.

Abres a porta, olhas para mim, passas a mão pela minha cintura, puxas-me para ti e beijas-me.
-Estás com um ar um pouco cansado, acho que sei o que tu precisas.- dito isto, pegas na minha mão, encaminhas-me para a sala onde a lareira está acesa. Indicas-me o sofá- Volto já!
Tiro o casaco e sento-me a olhar as chamas. Voltas com 2 copos e uma garrafa de vinho, servindo-nos de seguida. Sentas-te não a meu lado mas sim no chão encostado ao sofá. Desci para junto de ti, encostando-me ao teu peito, passaste o braço por trás de mim e ali ficamos a conversar e a beber o nosso vinho. Estava a saber muito bem estar ali a sentir os teus dedos a entrelaçarem no meu cabelo, a tua mão a descer pela nuca, a passear pelo braço e a desapertar um botão da minha blusa e depois mais outro. Senti a tua mão a brincar nos meus seios ao mesmo tempo que me beijavas a nuca. E se tu sabes como eu fico quando me beijas na nuca, continuas a conversar comigo como se nada se passasse. Finges que os teus dedos a passearem nos meus seio não me estam a excitar, finges não notar que a minha respiração está a ficar alterada, até que não consigo mais concentrar-me na nossa conversa e já nem me lembro da ultima coisa que perguntaste. Ai pegas no meu copo e coloca-lo de lado, ao lado do teu. Acabaste de desapertar a blusa que não ofereceu resistência ao deslizar pelos meus ombros abaixo. Desvias-te ligeiramente para me deitares sobre o tapete, deitaste sobre mim beijando-me suavemente os olhos, o nariz, a face, o queixo, até que me deixas perder-me nos teus lábios tentadores. Ao mesmo tempo que me beijas tuas mãos não param e quando dou conta a minha roupa já não está em mim e a tua também não. Tudo o que existe naquele momento são os nossos corpo loucos de paixão a desejarem-se um ao outro e a saciarem esse desejo na fonte do prazer. Quando vens para me beijar o pescoço, dou uma mordidinha na tua orelha, enfraquecendo a tua concentração e viro-te no tapete ficando tu à mercê das minhas vontades. Sinto tuas mãos percorrem todo o meu corpo, sinto-as a prenderem minha cintura para tentares controlar a dança. Mas tuas intenções saem falhadas pois agarro-te nas mãos e seguro-tas perto da cabeça e enquanto tu tentas acelerar, eu vou pondo-te travões, quem comanda esta dança agora sou eu. E eu adoro ver as tuas expressões de quem quer chegar rápido, mas ao mesmo tempo está a adorar ir a ver as paisagens. Depois de te deixar bem louco, solto-te as mãos e ai não tenho como te controlar, não tenho como nos controlar e todo em nós é brasa, é chama, é fogo, e explodimos de prazer.
Deixamos-nos ali ficar abraçados a ver o outro fogo, o da lareira a estalar como se também ele estivesse numa dança de prazer com a chama como bailarina...

Sem comentários: