quinta-feira, 22 de abril de 2010

Manhã de domingo...

Acho que esta semana percebi porque é que ao sábado não dá nada de interessante na televisão, mesmo que tenhamos o maior pacote possível de canais. É uma conspiração da industria da noite para nos fazer sair de casa. Só pode, pois mesmo querendo muito ficar em casa num sábado à noite não há vontade que resista a 10 voltas à grelha de programação sem encontrar nada que me prenda. Assim sendo fui ao armário buscar o meu vestido preto que me dá um pouco acima do joelho e que o decote é no mínimo provocador; sapatinho de salto alto; maquilhagem e o meu perfume; estava pronta para me ir divertir.
Foi ate à discoteca, ainda era cedo, a pista ainda não estava aberta. Foi sentar-me numa mesa com bancos altos que havia a um canto para começar a sentir o ambiente. numa passagem rápida com os olhos o meu olhar cruzou-se com o de alguém que me cativou, não por ser um deus grego, mas pelo seu charme, o seu olhar. Continuei a ver as vistas, mas de cada vez que o olhava ele estava a olhar para mim a sorrir. Ele foi-se aproximando até chegar junto da minha mesa, abriu um sorriso e apresentou-se. Assim fiquei a saber que aquele charmoso se chamava Marcos e era um italiano que se apaixonou por Portugal à vários anos, e depois de o convidar a sentar-se comigo fiquem a saber mais umas coisinhas. Quando a pista abriu ele levantou-se e como já não se vê, esticou a mão e convidou-me para dançar. Esta noite prometia...
Fomos para a pista, as nossa mãos começaram a tocar-se, com a musica alta para nos ouvirmos tinha de ser a falar ao ouvido, sentia-se a respiração do outro e uma coisa puxa outra e...
De repende, aparece tu, vindo do nada, puxas-me e começas perguntar o que estava ali a fazer se tinha dito que ia ter com umas amigas. Fiquei estupefacta a olhar para ti e a perguntar-me o que te tinha dado pois eu não estava a perceber nada, até que olho em volta para procurar o Marcos e este tinha-se evaporado, não estava em lado nenhum. Olho novamente para ti e tu com a maior desfaçatez e com um sorriso de menino reguila que tinha conseguido o que queria viras-te para mim:
- Pelo que vejo a senhora está livre, quer dançar? - dito isto, agarras-me pela cintura e puxas-me para ti, mexes-te ao ritmo da musica fazendo o meu corpo seguir o teu e ainda sussurras ao meu ouvido: - garanto-te uma noite melhor do que a que ias ter com maricas que fugiu a correr.
Só me apetecia bater-te, mas ao mesmo tempo estava a achar imensa piada à forma que tinhas arranjado para me conseguires. E só por isso não levaste um estalo daquele que até fazem girar.
Ficamos por ali mais um tempo a dançar, mas tu estavas com pressa de sair dali. Mas agora era a vez da minha pequena vingança. Dancei para ti da forma mais sedutora que consegui e quando me virei de costas para ti de me encostei ao teu corpo mexendo a anca senti porque querias tanto sair dali. Nesse momento agarraste na minha mão e levaste-me para fora dali a correr. Só deixaste a minha mão quando chegamos junto do teu carro que estava nas traseiras num rua pouco iluminada, e só deixaste a mão para agarrares o corpo todo, encostaste-me ao carro e beijaste-me pela primeira vez nessa noite, beijaste-me com tanta intensidade que não dava nem para pensar, apenas para corresponder. Eu sentia as tuas mãos, pelo meu corpo. Uma subia pela minha perna por baixo de vestido, a outra acariciava os meus seios... Ouvimos um carro começar a trabalhar mesmo ao nosso lado. Estávamos tão fora de nos que nem tínhamos ouvido ninguém a chegar ao carro ou será que quando ali chegamos já estava alguém no carro?
Abriste a porta do carro para eu entrar e correste para o lado do condutor: - vamos para outro sitio. Deste-me um beijo ardente e puseste o carro a trabalhar para sairmos dali depressa.
Pelo caminho sentia a tua mão na minha perna e por ai a cima, inclinei-me para ti e deslizei a minha mão pelo teu peito, passei pela cintura e ao chegar mais a baixo senti o tamanho da tua pressa.
Pouco tempo depois paraste o carro em frente a um hotel onde já tínhamos ido algumas vezes. O recepcionista já te conhecia e deu-te logo uma chave. Voltaste a dar-me a mão e fomos na direcção do elevador. Mal as portas deste se fecharam senti novamente a pressão do teu corpo contra o meu,o elevador parou mas nós não parávamos e fomos dali até ao quarto agarrados um ao outro.
Assim que entramos no quarto e conseguimos finalmente ficar sozinhos olhamos-nos nos olhos com tanta intensidade que parecia que nunca tínhamos estado juntos. Caímos os dois cama, sentei-me em cima de ti e beijei-te muito, sentia-te a explodir dentro das calças e desapertei-tas enquanto me tiravas o vestido. Estávamos tão sedentos de prazer que quando nos fundimos tivemos de respirar fundo como se o prazer que estávamos a sentir não nos deixasse respirar. Os nossos corpos conhecem-se bem e sabem como dar prazer ao outro e isso torna a a nossa noite ainda mais intensa. Os meus gemidos são abafados pelos teus beijos, paras de me beijar e olhas-me nos olhos, eu conheço esse olhar e intensifico os meus movimentos, atingimos a prazer máximo juntos. Deito-me no teu peito e ali ficamos a conversar um pouco e a beijar outro tanto. Quando eu ia para me levantar agarras-me contra ti e perguntas onde eu penso que vou. - Vou vestir-me para me ir embora.
- Não vais não, esqueceste que te prometi uma noite melhor do que a que ias ter com o fugitivo?- nisto viras-me e ficas sobre mim, começas novamente a beijar-me com ardor e malícia, sinto a tua mão a acariciar a minha perna, a deslizar para o interior da minha coxa e a chegar lá. Beijas-me o pescoço mordes-me a orelha e sussurras ao meu ouvido, deixas-me louca e começa novamente a dança dos nossos corpos juntos... depois de mais uma sessão de prazer adormecemos nos braços um do outros. Acordo com beijos teus no meu ombro, não dizes uma palavra e indicas-me um pequeno almoço fantástico ao fundo da cama...
E assim acabou a minha noite de sábado... Ou melhor: e assim começou a minha manha de domingo...

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