quinta-feira, 13 de março de 2008

Um intruso na noite...


Estou cansada. Desligo a televisão e vou para o quarto. Abro a cama e ao sentir a suavidade dos lençóis dá-me vontade de dormir nua para sentir o toque dos lençóis na minha pele. Tiro a roupa e deito-me. Adoro esta sensação. Sinto-me livre, mais desejavél, mesmo quando dormo sozinha. Para além de gostar de sentir o toque dos lençóis, gosto principalmente de me sentir a mim mesma, de me tocar sem ter roupa a impedir esse toque. Mas como eu disse, hoje estou cansada . Viro-me para o lado e começo a sentir os olhos a fechar.
Começo a sentir calor atrás de mim; sinto o teu corpo a enroscar no meu; sinto a tua respiração no meu pescoço; com uma mão afastas o meu cabelo e deixas o meu pescoço à vista como que a prepara-lo para uma dentada de vampiro, mas o que vem não é uma dentada , mas sim beijos e sussurros. A outra mão é mais atrevida e começa por acariciar os meus seios, mas devagarinho vai deslizando para a minha barriga, pela minha cintura até chegar no meu sexo e lá permanece por um bom bocado até porque já percebeste que a situação me está a deixar cheia de desejo.
Excita-me sentir-me presa e ainda me excita mais seres tu a excitar-me. Tu sabes como me estás a deixar e isso não te é nada indiferente, nota-se, sente-se, pois com o teu corpo colado eu meu posso sentir a tua erecção e ao sentir-te o meu desejo aumenta ainda mais. Viro-me para ti e beijo-te. Beijamos-nos com paixão, desejo, provocação... Já viste nos meus olhos o meu pedido para te sentir dentro de mim, mas negas-me esse pedido. Provocas-me com o teu olhar e os teus beijos vão devagar deixando os meus lábios e passam para o pescoço, depois para o ombro, o peito, a barriga, e continuas a tua descida. A cada centímetro que desces vais olhando-me provocadoramente. Sinto a tua língua onde momentos antes sentia teus dedos.
Ao contrário de outros momentos nossos, hoje não tens pressa de saciar o nosso desejo. Geralmente estamos sôfregos de desejos, de beijos devoradores.Hoje pelo contrário demoras-te em cada beijo, em cada caricia, e o meu desejo só aumenta e estou quase fora de mim com todo este prazer que me estás a proporcionar. Não aguento mais ter-te ali e não te sentir dentro de mim. Tu percebes isso e como que lendo os meus pensamentos beijas-me e unes teu corpo ao meu, que ao sentir-te até estremece. Fazes movimentos lentos, mas intensos para conseguirmos controlar a intensidade do momento. Nossos corpos são um só e intendem-se na perfeição. Adoro sentir o teu corpo, o toque das tuas mãos no meu. Viro-me para cima de ti e começo como que uma dança e tu deliras a cada movimento do meu corpo. Levantas-te. Ficamos os dois sentados de frente um para o outro, unidos.Beijas-me, dizes loucuras ou meu ouvido, sabes que me deixas completamente louca e sentes isso na pele pois as minhas unhas deslizam nas tuas costas. Deixas-me cair sobre a cama. Vejo nas tuas expressões o que sentes a cada prolongamento do nosso prazer. Mas não dá mais; nenhum de nós dois tem mais controlo na situação; até porque agora são nossos corpos que comandam...
E o prazer é tanto que já não cabe em nós; os meus gemidos são abafados pelos teus beijos; a tua cara tem estampada a palavra PRAZER; nossas mentes abandonaram temporariamente nossos corpos.
Depois de um momento como o que acabamos de ter não conseguimos, nem temos vontade de nos mexermos dali. e ali ficamos, abraçados, enroscados, como tudo começou...

Toca o despertador; abro os olhos; viro-me.
Não estás. Pois não. Foi um sonho. Um sonho maravilhoso que tirou toda aquela sensação de cansaço da noite anterior e me fez levantar cheia de boa disposição. E quem sabe se hoje não realizo um sonho...

quinta-feira, 6 de março de 2008

Jogos...


Desta vez não nos encontramos num lugar isolado. Desta vez propôs-te um jogo.
Regras do jogo:
- Vamos ter uma saída de amigos;
- não nos vamos agarrar um ao outro assim que nos virmos;
- vamos beber café como dois bons amigos num local publico;
- e vamos cumprir as regras.

Muito bem marcamos encontro num bar que os dois gostamos, o bar tem um ambiente muito acolhedor, a luz é fraca, tem uma musica ambiente muito agradavél que dá para falarmos sem termos de gritar para sermos ouvidos. Para não variar chego primeiro, sento-me lá ao fundo numa mesa com uns sofás muito confortáveis. Estás atrasado, mas isso não é novidade. Peço uma água enquanto espero. Quando chegas comprimentamo-nos como dois amigos, com dois beijinhos na face, é estranho, estou habituada a sentir teus lábios mas juntos com os meus. Mas também não podemos esquecer que estamos num local publico. Mas mesmo sendo na face estes beijos não foram inocentes, mas sim provocadores, foram daqueles que se dão com o lábio todo na face e ainda se ouve um barulho repenicado. Sentas-te a meu lado. Isto está a começar bem está! Quando o empregado chega ao pé de nós para pedirmos, eu olho para ti e pergunto o que é que tu queres ao que tu respondes com um sorriso malandro: "Tu sabes o que eu quero." Então sorriu para o rapaz que finge não perceber nada e peço dois café. Para ti simples, para mim com natas. Enquanto os cafés não vêm começamos a conversar mas tu perguntas logo se eu quero mesmo levar este jogo em frente se não podíamos ir logo para a parte final. Ao que eu respondo com um sorriso malicioso: "o final é nós despedirmos-nos como nos cumprimentamos e cada um ir para sua casa, ou não é assim que acaba uma saída entre dois amigos?".
Os nossos cafés chegam e continuamos á conversa. Mas eu não resisto a provocar-te e as natas do meu café são um óptimo começo. Pois ao coloca-las na boca faço-o de forma provocadora e ainda passo a língua pelos lábios. Apesar da conversa ir avançando não conseguimos deixar de nos provocar, ora com palavras ora com gestos. Apesar de ter sido eu a propor a jogo, fui cheia de más intenções, por isso fui de saia, que deixei levemente subida, de maneira a ver-se o joelho. A meio da conversa sinto a tua mão na minha perna, mas tua não olhas para a minha perna, mas sim para mim como se não se tivesse a passar nada e continuas a conversa como se nada fosse. Olho muito séria para ti e depois olho em volta como que a dizer-te que não estamos sós. Mas tu sabes que de onde estamos ninguém consegue ver nada. Afinal também foi por isso que escolhi esta mesa. Atrás de nós só a parede, à nossa frente a mesa com toalha e tudo. Estou tramada contigo. Continuas o teu passeio pela minha perna, e vais subindo cada vez mais. Estás a conseguir desconcentrar-me e quando me fazes uma pergunta eu nem oiço. Estás a excitar-me e tu sabes bem disso. Tenho de arranjar maneira de sair daquela situação. Vou à casa de banho. Quando passo por ti para me voltar a sentar coloco as minhas cuecas no bolso do teu casaco sem dares conta. Mas desta vez sento-me um pouco mais longe de ti, assim não me consegues chegar. Sinto-me penetrada só com o teu olhar. Aquele bar tem mesa de snooker e como sei que gostas proponho uma partida.
-Sim pode ser. Mas não nesta mesa. Na minha mesa, em minha casa.
-Não sabia que tinhas uma mesa de snooker!
-Pois não, eu ainda não te tinha contado para ver se me convidavas para uma partida. -Tu já tinhas planeado isto.
Eu aceito ir a tua casa mas a jogar o mesmo jogo: Saída de amigos!
Vestes o casaco e quando chegas perto do carro e vais para tirar a chave deparaste com a minha surpresa. Mas cada um vai no seu carro, até porque depois tu já estás em casa e não fazia sentido nenhum ires-me levar. E assim apenas sorris ao longe uma vez que eu já estava a entrar no meu carro.
Quando chegamos tentas me beijar mas eu fujo. "Olha as regras"- digo eu muito provocadora.
Depois de cada um escolher o seu taco e mesmo antes de começarmos a jogar viraste para mim:
-Agora sou eu que te proponho um jogo: por cada bola que eu poser tenho direito a desapertar um botão da tua camisa.
-Mas eu já tenho metade dos botões desapertados e o soutien quase à mostra.
Sorris: Então quando te acabarem os botões tenho de começar a tirar-te a roupa.
-Ok. Mas as regras também funcionam contigo.
Abres tu a mesa e colocas logo uma bola. Sorris e olhas para o meu decote. Primeiro botão. Falhas a próxima bola, sou eu a jogar e tu vais para o canto oposto, mas não é para ver a jogada e sim para ver o meu peito. Ponho uma bola. Vou ter contigo e desaperto o único botão que tens, o das calças. E assim continuamos: mais botões da minha camisa, o fecho das tuas calças. Claro que tu jogas melhor que eu e já está na altura de me tirares a camisa. Ao colocares as mãos nos meus ombros para fazeres deslizar a camisa para trás aproveitas e prendes-me os braços com a própria camisa e ficas muito perto de mim mas não me beijas. Os teus lábios quase tocam nos meus mas não me beijas. Ficas assim perto de mim, sinto a tua respiração, começas a aproximar-te do meu ouvido e sussurras: "vamos voltar à nossa amizade de sempre?"
Com este sussurro deitas por terra todas as forças que me restavam para te resistir e beijo-te. Deitas minha camisa fora. As tuas calças caiem a nossos pés. Levantas a minha saia e confirmas o que já sabias, que as cuecas eram mesmo as que trazia vestidas, e confirmas que este jogo me deixou muito excitada. Agarras em mim e sentas-me em cima da mesa de sooker. E entre beijos sôfregos de desejo tiro-te a camisola. Nossas bocas e nossos corpos parecem loucos de tanto terem controlado o desejo que estavam a sentir. E em cima daquela mesa começamos um novo jogo: o jogo do prazer.
Dali vamos para o teu quarto, onde nos entregamos a este novo jogo. Mas ao contrario dos outros jogos que jogamos até aqui este nós não colocamos regras, pois a este jogo os nossos corpos já estam habituados e sabem o que fazer. Sinto-te dentro de mim como nunca te senti. Tuas mãos percorrem minhas costas, meus seios, meu cabelo. Sussurras loucas palavras no meu ouvido. Sabes que isso me deixa louca e fazes-me perder o controlo de mim mesma. Começo a gemer de prazer. Sabes como me fazer perder a cabeça e isso também te faz perder o controlo e é assim, descontrolados que os dois ganhamos este jogo do prazer.
Ali ficamos abraçamos mas desta vez em silencio. Já tínhamos falado muito hoje. Ficamos apenas a ouvir a respiração um do outro e a aproveitar aquele momento...
-Tenho de ir embora.
-Não à pressa.- dizes tu.
-Mas assim ainda adormeço.
-Não à problema.
Acordo com os primeiros raios de sol da manhã que entram pela janela. Mas como sempre não te consigo acordar e saio de fininho e sem me despedir. Apenas te deixo um beijo no teu espelho.

Está visto que não conseguimos ser só amigos. Somos amigos sim, mas os nossos corpos quando estam perto um do outro obrigam-nos a ser também amantes. Ora se o que temos é tão bom para quê contrariar os nossos corpos...