terça-feira, 15 de julho de 2008

Jogo de Mensagens!



À algum tempo atrás consegui ficar com uma copia da chave da tua casa sem tu te dares conta, e sabia que um dia me podia vir a fazer jeito.

Liguei-te para saber se tinhas planos para logo à noite e como quem não quer a coisa, perguntei se tinhas o dia muito ocupado porque eu estava a precisar de companhia para ir às compras. Mentira! Eu só queria saber se não ias estar em casa e por onde ias andar, para ter tempo de preparar o que me ia na cabeça. Para a noite não tinhas planos e podíamos estar juntos, mas já ias chegar tarde a casa porque tinhas muita coisa para fazer no trabalho. Era o que eu precisava de ouvir!

À tarde foi a tua casa e comecei a preparar o jogo de logo à noite: "jogo de mensagens".
Logo no móvel da entrada onde costumas deixar as chaves deixei a chave que usei e a primeira mensagem: "Usei as tuas chaves e entrei em tua casa. Sei que ao final da noite vou estar desculpada! Vai até à sala!". Na sala, em cima da mesa deixei a seguinte mensagem: " Liga o DVD e põe a tocar o CD que está lá dentro"; junto ao DVD deixei um isqueiro e a mensagem: " Vai ao teu quarto, leva o isqueiro e usa-o"; no teu quarto tinha deixado velas espalhadas por todo o lado. No canto do quarto, na mesa-de-cabeceira onde estavam as últimas velas, nova mensagem: "Debaixo da cama está uma caixa com o que eu vou usar esta noite". No sítio indicado coloquei uma caixa e lá dentro apenas uma mensagem: " Não, eu não me esqueci, a caixa está mesmo vazia. Mas continuo a dizer que aqui dentro está tudo que tenciono usar esta noite. Vai ao teu PC e liga o monitor". No ecrã a mensagem: "provavelmente já me tentaste ligar e dava desligado. Pois! Então tenta este número: 999 999 999!".
Quando ligares este número sei que vais pensar que é para mim que estás a ligar, mas não. Do outro lado vai estar uma pessoa que te vai dar uma última mensagem: "Apague as luzes, espere 5 minutos e vá abrir a porta!"

Jogo preparado. Agora é esperar que aceites jogar!
Chegou a altura de me ir preparar a mim própria, mas antes ligo-te:
- Olá lindo! Tudo bem?
- Tudo.
- É só para confirmar a nossa noite?
- Está confirmado. Ainda estou no trabalho, mas mais uma hora e vou para casa. Quando lá chegar ligo-te para ires lá ter.
- Então até logo! - Digo eu com um sorriso na voz.
Tenho cerca de uma hora para tomar banho, passar creme e no final passar pó brilhante pelo corpo para reflectir com a luz das velas. Depois do pó apenas um casaco leve que dá pelo joelho e que fechado até parece um vestido.
Pego no carro e vou até perto da tua casa. Suficientemente perto para te ver chegar, suficientemente longe para não me veres. Vejo-te chegar. Trazes algumas coisas na mão, entras e logo de seguida as luzes acendem-se. Algum tempo depois as luzes apagam-se. É o sinal que eu esperava. Levo o carro para mais perto da tua casa, saiu e vou até à tua porta. Mas em vez de estares á porta, a porta está entreaberta tem uma mensagem colada: " segue as pétalas". Abro a porta, ouço a música, no chão pétalas de rosas espalhadas a formarem um trilho que vai sendo iluminado por velas. Fecho a porta e sigo as pétalas que me levam à porta do teu quarto, que está fechada. Na porta uma mensagem: "Abre, estou á tua espera". Abro a porta e lá estás tu, iluminado pela luz das velas, sentado no teu puff, virado para mim, com um sorriso de quem adora ser surpreendido, mas que também adora surpreender. Levantaste e vens ter comigo. Mal chegas ao pé de mim beijas-me, começas a desapertar o meu casaco e sussurras-me: "deixa ver se a caixa não me mentiu". Abres o meu casaco, passas as mãos pelos meus ombros e deixas cair o casaco a meus pés.
-Hummmm. Confirma-se!
A partir desse momento cabe aos nossos corpos aproveitar tudo o que as nossas mentes prepararam.
Puxas-me para ti e beijas-me intensamente. Minhas mãos explosão a tua roupa do teu corpo para poderem passear livremente pela tua pele. Sinto-te a tua excitação e lanço-te um olhar predador. Empurro-te até à cama, faço-te cair, caindo eu ao teu lado. Beijas meu pescoço. Sinto o teu desejo na tua respiração. Tua mão desliza até ao mais íntimo de mim e fazes o meu desejo aumentar ainda mais. Inundamos o outro com beijos e carícias até que não conseguimos controlar mais o desejo de nos possuirmos.
Nossos corpos fundem-se e todo um dia de preparativos fica resumido num único momento. O momento em que nossos corpos se desejam e se possuem. Meu corpo arqueia-se ao encontro do teu, sôfrego de te sentir. Nossos olhares reflectem o prazer que estamos a ter chega uma altura em que não nos conseguimos controlar mais e deixamo-nos levar pelo imenso prazer que estamos a sentir.

Por algum tempo nenhum de nós diz nada. Apenas observamos o ambiente à nossa volta, sorrimos e beijamo-nos. Depois pedes-me para fechar os olhos e esperar. Sinto-te a levantar da cama, ouço uma gaveta a abrir e depois a fechar. Estás novamente na cama a meu lado. Pedes para continuar de olhos fechados. Começo a sentir algo muito suave a passear primeiro pelo meu corpo, depois pelo meu rosto. Dizes-me para abrir os olhos. Era uma única e linda rosa. Igual aos nossos momentos a dois: únicos e lindos. Mas assim como a frescura da rosa, esses momentos também são efémeros e um dia acabam...

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