quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Uma surpresa na noite


Quando te ligo à tarde a perguntar-te se hoje nos vamos poder ver, respondes-me que com muita pena tua não vai dar pois tens de ficar a trabalhar à noite. Mal sabes tu que era isso mesmo que eu queria ouvir. Não que não queira estar contigo, muito pelo contrário, mas hoje quero fazer-te uma surpresa.
Tinha de ter a certeza que estarias sozinho por isso quando fui ter contigo já a noite ia avançada.
Bati à porta, vens abrir e ao ver-me ficas muito surpreendido, e ainda não viste nada. Começamos a beijar-nos e não nos conseguimos largar mais até que começas a desapertar os botões do meu casaco, mas ao pores a mão por dentro deste sentes a minha pele. Nesse momento deixas de me beijar, afastas-te e dizes: " Espera ai que eu tenho de ver isto muito bem". Aí, dás um passo para trás e fazes sinal para eu dar uma voltinha.
O que vês é uma mulher de salto alto, meias de liga, cueca de renda e cortepe, por baixo de um casaco tipo impermeável que dá pelo joelho, tudo isto em preto.
- Que dizes?- pergunto eu.
- Não sei bem!
Agarras-me pela mão, puxas-me para ti: " tenho de ver de mais perto", dizes tu com um sorriso que não engana ninguém. Está cheio de más intenções, mesmo como eu quero.
Eu afasto-te: "A surpresa não é isto. Isto é apenas uma parte". Vou até ao teu PC e coloco lá o CD que trago comigo. Começa a tocar uma música que o ritmo diz tudo. Puxo uma cadeira para o centro, faço-te cair sobre ela, começo a mexer o meu corpo ao ritmo da música. Vou até perto de ti já sem sapatos, coloco uma perna na cadeira entre as tuas pernas e começas a deslizar a meia ao longo da minha perna, troco de perna e fazes o mesmo. Continuo a dançar mas agora dou a volta à cadeira e vou para trás de ti, coloco minhas mãos em teus ombros, beijo-te o pescoço, minhas mãos deslizam pelos botões da tua camisa e um a um vão deixando o teu peito à vista e minhas mãos aproveitam para passear nele. Vou até ao teu lado, e quando tu pensas que vou novamente para a tua frente , passo a perna para o outro lado da cadeira e fico sentada em cima de ti. Beijo-te loucamente, atiras meu casaco para o chão. Tiro-te a camisa e começo a desapertar-te o cinto. Beijas-me o pescoço, os ombros e divertes-te a desapertar-me o corpete. Pegas em mim e levas-me até ao sofá que há no canto da sala. Pelo caminho vão ficando as poucas peças de roupa que ainda nos restavam.
Sentas-te, eu sento-me virada para ti, e no momento em que os nossos corpos se fundem, tudo deixa de existir, apenas existo eu e tu, e o prazer que queremos dar um ao outro. Deitamos-nos e ali ficamos a jogar o jogo do prazer e a levar o outro à loucura. E como este é um jogo que os dois querem ganhar, mas nenhum quer que o outro perca, aproveitamos ao máximo, até que quando é para cruzar a meta o fazemos juntos.
Vestimos-nos, não vá aparecer alguém de repente, mas voltamos para o sofá e ficamos abraçados do mais um pouco. Dou-te um último beijo:"Agora vou deixar-te trabalhar" e vou embora.
Quando me deito na minha cama, fecho os olhos e ao inspirar sinto o teu cheiro na minha pele. Podemos não passar a noite juntos, mas eu trouxe um pedaço de ti.
E é assim, a sentir o teu cheiro e a relembrar os momentos que acabamos de passar juntos, que adormeço...

1 comentário:

Anónimo disse...

Acabei de espreitar.. mto bem!

Parabens! o facto de pormenorizares tdo transporta as pessoas para o local onde a história acontece...

:)*